Jogos Mortais – O Final

domingo, 7 de novembro de 2010

“Esqueça o profético título nacional e divirta-se”

Jogos Mortais – O Final é exatamente o que atesta o nome original Saw 3D. Não é péssimo, não é ótimo, é apenas isso: Um filme com a temática Jogos Mortais, mas em 3D. Se você, fã da franquia, espera ir ao cinema para assistir a um roteiro mirabolante que se aprofunde na complexa cronologia da série, as chances de sair desapontado são bem altas.

Não há nada de impressionante aqui. Tudo o que acontece neste sétimo exemplar já foi mostrado de uma forma ou outra nos filmes anteriores. Diversos personagens novos caem de pára-quedas na trama e não fazem a mínima falta, os antigos têm um desenvolvimento pífio e o final é tão óbvio que qualquer um consegue adivinhar apenas vendo a lista de nomes do elenco.

Contudo, o que Saw 3D perde em história ganha em entretenimento. É o filme da série com a maior contagem de corpos e o maior número de armadilhas. Tudo embasado pelo 3D, que ficou muito interessante dando profundidade às cenas e propiciando momentos inesquecíveis de sangue e tripas voando para cima do espectador. E o melhor é que o efeito não foi usado como muleta. Ponto para o diretor Kevin Greutert.

Vale a pena uma ida ao cinema, mesmo que este filme não seja um desfecho memorável como atesta o distribuidor brasileiro. Se for para eleger uma conclusão digna para a série, fique com Jogos Mortais VI, já que o sétimo assemelha-se mais a uma ponte para novas histórias do que a um final em si. E com a vantagem de que até quem não conhece muita coisa da cronologia conseguirá assistir sem maiores problemas.

Alguns Spoilers

Uma coisa que com certeza irritou aos amantes de Jogos Mortais foi a falta de ousadia do roteiro. Afinal, desde o segundo filme se discute o destino do Dr. Gordon pelas interwebs. E o engraçado é que parece que os roteiristas Patrick Melton e Marcus Dunstan visitaram todos os fóruns e roubaram as ideias dos participantes. Toda a especulação de que Jigsaw precisaria de um médico para tocar seus planos é usada em Saw 3D.

Falando nele, o personagem de Cary Elwes é visualmente apresentado de uma forma muito bacana neste filme. Completamente imerso no “lado negro da força”. Seria até legal ver algo mais em um possível novo filme se não fosse pela maneira que Saw 3D conduziu a ideia de como ele também se tornou um aprendiz de Jigsaw. Ficou muito parecido com o Hoffman e a Amanda. Uma, duas vezes ainda passa. Mas exagerar cansa.

O Hoffman, hein, Jesus, ele está mais fodão que o Chucky Norris em pessoa. Parece uma mistura de Rambo, Hannibal Lecter e Kevin Mitnick. O cara em um só filme conseguiu causar mais estrago do que todo mundo na série toda. Aquela sequência dele tocando o terror na delegacia foi de dar medo. E ainda ficou vivo o desgraçado, deixando mais uma enorme ponta solta para continuação.

E se este não for mesmo o final, o negócio vai ser adotar a filosofia do “tá no inferno abraça o capeta” e não ligar mais. E aguentar as piadinhas dos detratores zoando com os fãs da franquia. Embora desta vez com razão.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 
Copyright © 2016. Ninho da Mente