Crítico de cinema costuma ser um bicho esquisito. O que tem de site por ai descendo a lenha em Homem de Ferro 2 não é brincadeira. Dizem que o roteiro é ruim, que alguns personagens são mal aproveitados, enfim, aquele velho papo eternamente proferido pelos nossos queridos mestres da sétima arte e conhecedores de cada mínima vertente que exista, existiu ou possa vir a surgir em relação a ela.
É até engraçado que esse pessoal não consiga separar a despretensão da seriedade e continue malhando o filme de forma tão impiedosa. Enfim, aqui não tem crítico xiita, apenas uma pessoa comum, de opinião comum que em verdade lhe diz: Vá ao cinema assistir Homem de Ferro 2 sem medo de ser feliz. Vale a pena, tanto para os fãs dos quadrinhos quanto para o público em geral.
O longa é divertido e todos os atores estão bem à vontade. De Robert Downey Jr. não é necessário falar muita coisa, Don Cheadle interpreta um Jim Rhodes muito melhor que seu predecessor, Gwyneth Paltrow está um amorzinho de doçura, enquanto a Scarlett Johansson só de passear de um lado para outro da tela já vale o ingresso. Mickey Rourke consegue tornar o vilão Chicote Negro excelente e carismático.
Outra presença bacana, apesar de curta, é a de Samuel L. Jackson, que entrega um Nick Fury bad-ass-motherfucker bem ao seu estilo. O diretor Jon Favreau também tem os seus momentos novamente no papel do boa-praça Happy Hogan. Sam Rockwell está impagável como Justin Hammer, um pouco diferente dos quadrinhos, é verdade, mas ainda assim interessante.
A trama em si não é um primor, mas também passa longe de ser tão horrível como estão dizendo por ai. Homem de Ferro 2 se desenrola tão bem quanto o filme anterior dando uma pequena deslizada apenas no final, mas nada que comprometa o resultado. Prepare-se para ficar de olhos grudados no Máquina de Combate, principalmente em uma certa cena que lembra muito o antigo Robocop 2.
Em resumo, corra já para o cinema. É diversão garantida e ainda por cima memorável com um dos melhores elencos já reunidos em um filme baseado em HQs, efeitos especiais na medida e a exemplo do primeiro Homem de Ferro, uma trilha sonora arrasadora que vai de AC/DC a The Clash. E aproveite para ir até sexta-feira e poder vangloriar-se de ter assistido ao filme antes dos gringos.
Só duas perguntinhas ficaram no ar: Alguém pegou a participação da Olivia Munn no meio do negócio? Eu não vi. E por que cortaram tantas cenas que apareciam nos trailers? Eu também não sei.